Na já tradicional mensagem de vídeo semanal, Merkel mostra-se convencida de que este acordo, pelo qual a União Europeia (UE) pode devolver à Turquia os requerentes de asilo que chegam às suas costas de forma irregular e em troca aceita receber um número igual de refugiados que migrem por meios legais, “é um bom exemplo” para as negociações com outros países do sul do Mediterrâneo.
Em troca do acordo com a Turquia, assinado em março e que provocou muitas críticas de organizações não governamentais, os líderes da UE concordaram em acelerar a liberalização dos vistos para os visitantes turcos, relançar as negociações de adesão e aumentar a ajuda que será concedida à Turquia até 2018 para melhorar as condições de vida dos milhões de sírios já refugiados naquele país.
A chanceler alemã disse hoje que poderá ser possível firmar no futuro acordos similares com outros países do Norte de África, como a Líbia, Tunísia e Egito, com quem as conversações estão, para já, “numa fase inicial”.
Notando que qualquer acordo envolve ajudar esses países que sofrem a primeira pressão migratória, Merkel reconhece as dificuldades de negociação, por exemplo, com a Líbia, considerando que o “estado Líbio está numa situação catastrófica, pelo que há muito trabalho a fazer” antes de acabar com o negócio das máfias de traficantes.
Fazendo uma revisão a 2016, Angela Merkel reconheceu que o ano não trouxe a tranquilidade esperada e destaca a “dramática” situação na Síria e as “terríveis” imagens provenientes da cidade de Aleppo.
A chanceler alemã diz que se conseguiu “algum sucesso” na luta contra o grupo terrorista Estado Islâmico e citou progressos em Mosul, embora admita que a contrapartida foi o aumento da ameaça terrorista, e também na Alemanha.
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