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“Não quero criar nenhum suspense à volta, eu estive a ponderar, estou à beira de tomar uma decisão”, disse aos jornalistas o atual presidente do Conselho Nacional para as Migrações e Asilo e ex-ministro da Presidência e da Defesa no XIII Governo Constitucional chefiado por António Guterres.
Falando à margem da convenção “Pensar Portugal”, organizado pela SEDES (Associação para o Desenvolvimento Económico e Social) jovem, que decorre na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, o antigo ministro socialista afirmou que “quando for, soará, está para breve”.
“Eu vim aqui falar sobre migrações em geral, não tem nada a ver com migrações para Belém”, disse.
Perante a insistência dos jornalistas, António Vitorino pediu respeito pelo seu “processo de decisão” e disse não ter “nenhuma preocupação de criar instabilidade”.
O nome de António Vitorino tem sido apontado por dirigentes socialistas como um possível candidato a Belém, mas até hoje ainda não deu qualquer sinal sobre a questão.
No início da sua intervenção num painel com o tema “Que futuro nas políticas migratórias?”, o presidente do Conselho Nacional para as Migrações e Asilo referiu-se ao tema das eleições presidenciais, que serão em janeiro do próximo ano, e afirmou que “esta conferência suscitou muita expectativa”, talvez “pelo desfile dos oradores”, entre os quais candidatos anunciados, como Marques Mendes ou Mariana Leitão, e também nomes apontados como possíveis candidatos, como o almirante Gouveia e Melo.
“O que terá estado na base de um amigo meu ter-me dito ‘mas tu vais a isso falar de migrações’, um tema tão complexo, tão difícil, um tema tóxico? Vê lá se isso não te prejudica. Não sei em que é que ele estaria a pensar que me poderia prejudicar, mas verdadeiramente eu penso o contrário. Penso que se quisermos pensar Portugal sem tabus, há que pensar nas migrações, porque elas fazem parte do nosso futuro, quer gostemos, quer não gostemos”, defendeu António Vitorino.
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