"Esperamos atos. Esta cimeira será uma escolha e estou disposto a tirar da reunião todas as consequências", advertiu Conte à chegada a Bruxelas, onde decorrerá hoje a cimeira da UE.
Questionado sobre a possibilidade de usar o veto caso não obtenha uma satisfação, Giuseppe Conte referiu que "é uma possibilidade" que não deseja "imaginar".
"Mas, se chegarmos lá, do meu lado, não teremos conclusões compartilhadas", afirmou o chefe do Governo italiano populista, lembrando que reuniu uma lista de pedidos na reunião informal com 15 membros da UE, no domingo, convocada pelo presidente do Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker.
Conte referiu que "a Itália elaborou uma proposta considerada razoável, porque está completamente alinhada com o espírito e os princípios fundados na UE", sublinhou o primeiro-ministro italiano.
"Nos encontros que tive com dirigentes de outros países membros, percebi as muitas manifestações de solidariedade. Esperamos que essas palavras se traduzam em ações", insistiu.
Giuseppe Conte acentuou que "a Itália não precisa de sinais verbais, mas sim de factos concretos".
"Esta cimeira deverá ser uma escolha nascida entre dois caminhos", concluiu.
Os chefes de Estado e de Governo da União Europeia iniciam hoje uma cimeira subordinada às migrações, que será um tema em que será notória a discórdia.
Da cimeira poderá resultar um acordo sobre a criação de plataformas de desembarque de migrantes fora da Europa, de acordo com proposta do presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk.
Esta proposta tem como fim “destruir o modelo de negócios dos contrabandistas, já que esta é a maneira mais eficaz de parar os fluxos [migratórios] e pôr fim à trágica perda de vidas no mar”, segundo Tusk.
Comentários