“Após reflexão e avaliação partilhada com um conjunto de companheiros que integram o núcleo político de uma candidatura protagonizada por mim à Comissão Política Distrital do PSD do Porto, entendo não formalizar a mesma, retirando a iniciativa deste processo eleitoral. Esta decisão fundamenta-se no facto de não pretender contribuir para a atual proliferação de candidaturas que, na minha opinião, transcendem a prioridade do interesse coletivo, porque correspondem a subdivisões aritméticas, de cariz mais tático do que propriamente substantivo”, refere em comunicado.
Afirmando não se rever neste processo - onde diz não existirem “condições de estabelecer compromissos perduráveis e sustentáveis” e para o qual entende não possuir “qualidades políticas e pessoais para desempenhar um papel ativo” – Miguel Santos fala em “mistura [de] pretensões e acomodações com causas e convicções políticas”, sem que fique para si “claro quais as que estão a ser priorizadas”.
“Neste sentido, deixo claro que não integrarei qualquer órgão distrital de qualquer das candidaturas em que esta possibilidade pudesse vir a ser colocada”, adianta.
No comunicado, Miguel Santos sublinha ser necessária “uma mudança efetiva na forma de fazer política no PSD do distrito do Porto, sem ruturas nem suturas, mas privilegiando a participação dos militantes e a abertura do partido à sociedade civil”, e diz manter o seu “compromisso inalienável como militante do PSD e com a base ideológica do pensamento social-democrata”.
“No futuro próximo procurarei contribuir ativamente e com lealdade política e institucional, como militante e enquanto deputado eleito pelo distrito do Porto, para o sucesso do combate político do PSD, priorizando o desígnio nacional de, nas próximas eleições, o PSD se apresentar como uma alternativa política credível, bem como a necessidade de virar a página da maioria situacionista que determina as opções do governo da nação”, refere.
A desistência de Miguel Santos acontece um dia depois de o presidente da Concelhia do PSD do Porto, Alberto Machado, apresentar a candidatura à presidência da distrital, atualmente liderada pelo ex-presidente da Câmara da Maia, Bragança Fernandes, que em 2016 sucedeu a Virgílio Macedo.
Na corrida estão ainda o advogado e ex-presidente da Câmara de Penafiel Alberto Santos e ao professor catedrático da Faculdade de Medicina do Porto Rui Nunes.
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