Miguel Luís Kolback da Veiga nasceu no Porto a 30 de junho de 1936 e a sua dedicação à cidade permaneceu ao longo dos anos, bem evidente na ideia que defendia de que o seu “sotaque de ser é portuense”.

Licenciou-se em Direito pela Universidade de Coimbra, em 1959, ocupou o cargo de vice-presidente do partido e foi deputado da Assembleia Constituinte, não tendo nunca aceitado ser ministro.

O “ilustre do Porto” manteve-se sempre ligado à cidade e esta agradeceu-lhe: em 2007 com a Medalha Municipal de Mérito – Grau Ouro e em 2015 com a Medalha de Honra da Cidade.

Para além disso, presidiu à Comissão de Toponímia do Porto.

O histórico do PSD foi apoiante da candidatura do atual presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira (independente) e mandatário de Rui Rio (PSD) nas três eleições que o levaram a presidir à mesma autarquia, entre 2001 e 2013, em coligação com o CDS-PP.

Na cerimónia de entrega das medalhas da cidade, em 2015, o presidente da Câmara do Porto Rui Moreira começou por citar Miguel Veiga, segundo o qual "a verdadeira pátria dos homens é o desejo", lembrando a sua mais profunda amizade e admiração pelo homenageado.

Em 1994 recebeu do então Presidente da República Mário Soares a condecoração de Grande Oficial da Ordem da Liberdade.

Apesar de toda a ligação ao PSD, nas eleições presidenciais de 1986, Miguel Veiga apoiou aquela que foi a primeira candidatura do socialista Mário Soares a Belém, tendo sido seu mandatário distrital.

Em 1974, Miguel Veiga foi, ao lado de Francisco Sá Carneiro, Magalhães Mota e Pinto Balsemão, um dos fundadores do Partido Popular Democrático (hoje PSD), vindo a integrar as suas primeiras Comissões Políticas e Conselhos Nacionais.

Foi em Coimbra que iniciou também o seu percurso na política, como voz da Juventude Democrática e participante na primeira lista da oposição da Associação Académica em Coimbra.

Miguel Veiga morreu cerca das 12:30, de hoje, no Porto, vítima de doença, disse à Lusa fonte da família.