Os manifestantes exibiam cartazes com palavras contra Netanyahu e reclamavam “eleições já”.
Benjamin Netanyahu está sob pressão intensa para conseguir a libertação dos reféns que foram levados para a Faixa de Gaza no passado dia 07 de outubro, durante um ataque sem precedentes do Hamas em solo israelita.
Cerca de 250 pessoas foram feitas reféns durante o ataque, mas perto de 100 foram libertadas no final de novembro, no âmbito de uma trégua no conflito que decorre desde então em Gaza, onde Israel prometeu aniquilar o Hamas.
Segundo um balanço da AFP com base em dados israelitas, estarão 132 reféns em Gaza, mas 27 já morreram sem que os corpos tenham sido restituídos.
“Da forma como as coisas estão a correr, todos os reféns vão morrer. Ainda não é tarde para os libertar”, afirmou hoje Avi Lulu Shamriz, pai de um dos reféns mortos em Gaza.
O ataque de 07 de outubro provocou 1.140 mortos em Israel, na maioria civis, de acordo com um balanço baseado em números oficiais israelitas.
Em Gaza, perto de 25.000 pessoas, na maioria mulheres, crianças e adolescentes, foram mortas nos bombardeamentos e operações militares, segundo o Ministério da Saúde do Hamas.
Netanyahu quer continuar a guerra até à eliminação no Hamas.
“Todos no país, com exceção da sua coligação tóxica, sabem que as suas decisões não são tomadas para o bem do país, que ele está apenas a tentar manter-se no poder”, criticou hoje Yair Katz, 69 anos. “Queremos todos que se demita”, acrescentou.
Primeiro-ministro israelita de 1996 a 1999 e depois de 2009 a 2021, Benjamin Netanyahu voltou a ocupar o mesmo cargo após as eleições de 2022, tendo constituído uma coligação com partidos ultraortodoxos e de extrema-direita.
Antes do ataque de 7 de outubro, Netanyahu já era contestado em grandes manifestações contra uma reforma da justiça que o seu Governo tentava adotar.
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