De acordo com a fonte do gabinete do CEMFGA, esta decisão de terminar a comissão de serviço do militar e o seu regresso a Portugal acontece na sequência "dos recentes acontecimentos ocorridos na Colômbia, no âmbito da missão das Nações Unidas naquele território (UNMC), que afetaram as condições para a continuidade da missão de um militar português ali destacado", sem especificar o caso.
O Diário de Notícias avança, na sua edição de hoje, que o militar português foi criticado pelas Nações Unidas por ter dançado com uma guerrilheira das FARC na noite de fim de ano.
Segundo o jornal, o caso envolveu dois militares da missão internacional (o outro seria do Paraguai) e o baile foi filmado e gravado pela agência de notícias espanhola EFE, tendo as imagens sido difundidas na Colômbia e gerado indignação no país.
O chefe da missão em Bogotá emitiu um comunicado de condenação, no qual refere que o comportamento dos militares "não reflete os valores de profissionalismo e de imparcialidade da missão das Nações Unidas" e acrescenta que a missão da ONU na Colômbia iria "tomar as medidas adequadas".
Seis militares portugueses integram desde 16 de novembro a missão de observadores das Nações Unidas destinada a monitorizar o acordo de cessar-fogo e o fim das hostilidades naquele país.
De acordo com um comunicado do Governo, emitido a 16 de novembro, os seis militares - um do Exército, três da Força Aérea, e dois da Marinha –, "com uma missão inicial de um ano, terão como tarefas principais a verificação e monitorização do acordo de cessar-fogo e o fim das hostilidades na Colômbia, que se estenderam por mais de cinco décadas”.
A missão das Nações Unidas na Colômbia será composta por cerca de 450 observadores internacionais não-armados e será composta por quatro elementos: observação, coordenação e apoio, apoio no terreno e segurança.
Esta missão, estabelecida em 2016 após solicitação do Governo da Colômbia, servirá como componente internacional e coordenadora do mecanismo tripartido - Governo da Colômbia, Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) e ONU - de monitorização e verificação do acordo de cessar-fogo, indica a nota do executivo.
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