"Primeiro detiveram-nos em El Calvario. Depois levaram-nos ao posto da GNB (Guarda Nacional Bolivariana). E agora estamos em Fuerte Tiuna (principal complexo militar em Caracas)", escreveu Jorge Pérez Valery na sua conta do Twitter. Os jornalistas, ambos venezuelanos, foram transferidos pela Direção de Inteligência Militar para as instalações do Ministério da Defesa, localizadas dentro de Fuerte Tiuna, informou, por seu lado, o Sindicato Nacional de Trabalhadores de Imprensa (SNTP) num comunicado.
Primero nos retuvieron en El Calvario. Luego nos llevaron a puesto de GNB. Y ahora estamos en Fuerte Tiuna.
— Jorge L Pérez Valery (@perezvalery17) August 18, 2016
Segundo a organização sindical, os repórteres foram detidos "por supostamente estar a gravar num 'corredor presidencial'", na área de El Calvario, perto do Palácio de Miraflores. O SNTP exige a "imediata libertação" dos dois jornalistas e responsabiliza o Ministro da Defesa, Vladimir Padrino López, e o Major Antonio Benavides Torres, comandante da Guarda Nacional Bolivariana, 2pelo o que possa acontecer" com os companheiros de profissão.
O procurador público, Tarek William Saab, escreveu na sua conta do Twitter que uma delegação iria a Fuerte Tiuna para "verificar a situação legal" dos jornalistas.
A ONG Espaço Público registou no ano passado 286 violações à liberdade de expressão, geradas principalmente por intimidação, agressão verbal e censura, segundo o seu relatório anual. A organização Repórteres Sem Fronteiras classificou a Venezuela em 137º lugar numa lista de 180 países na sua classificação mundial da liberdade de imprensa em 2015, duas posições abaixo do ano anterior.
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