Segundo o Conselho de Administração da empresa, “o primeiro comité independente será dedicado ao acompanhamento das providências destinadas à assistência às vítimas e à recuperação da área atingida pelo rompimento da barragem, de modo a assegurar que serão empregados todos os recursos”.
“O segundo comité independente será dedicado ao apuramento das causas e responsabilidades pelo rompimento da barragem”, acrescentou a Vale, num comunicado divulgado aos acionistas.
A mineradora brasileira também informou que após o desastre decidiu suspender o pagamento de dividendos e juros sobre o capital próprio, a recompra de ações de sua própria emissão e os pagamentos de remuneração variável a executivos.
A rutura da barragem da empresa de mineração Vale no município de Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte, ocorreu na passada sexta-feira, e causou uma avalanche de lama e resíduos minerais.
Privatizada pelo Governo brasileiro em 1997, a Vale é uma das maiores empresas do Brasil e uma das principais mineradoras do mundo, com operações em mais de 30 países.
Além de ser a maior exportadora mundial de ferro, é uma das principais produtoras de níquel e outros minerais, como potássio e cobre e é considerada uma empresa estratégica pelo Governo brasileiro, que tem o controlo uma parte substancial das ações com direito a voto.
A empresa já esteve envolvida há três anos numa outra catástrofe semelhante ocorrida numa das minas da sua subsidiária Samarco no estado de Minas Gerais, na cidade de Mariana, na qual morreram 19 pessoas após a rutura de uma barragem.
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