Os trabalhadores da Autoeuropa (do grupo alemão Volkswagen) iniciaram hoje de manhã o segundo turno de greve contra o trabalho obrigatório aos sábados que teve início às 23:30 de terça-feira e termina às 00:00 de quinta-feira.
Contactada pela Lusa, fonte oficial disse que o "Ministério da Economia está a acompanhar a situação na Autoeuropa e espera que haja acordo entre ambas as partes", isto é, entre os trabalhadores e a administração da empresa.
A fábrica de automóveis da Autoeuropa em Palmela "está completamente paralisada em todas as secções" devido à greve, disse à Lusa fonte sindical.
"Tal como prevíamos, está a haver uma forte adesão à greve. Isto prova que os trabalhadores se identificam com os motivos que levaram a esta paralisação", disse Eduardo Florindo, do Sitesul, Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Sul.
"Há centenas de trabalhadores em greve que estão concentrados aqui à entrada da empresa", acrescentou Eduardo Florindo, salientando quer os sindicatos continuam a aguardar por uma resposta ao pedido de reunião que fizeram à administração da Autoeuropa.
Os cerca de 3.000 trabalhadores que participaram nos plenários realizados na segunda-feira aprovaram uma resolução a confirmar a rejeição dos novos horários, particularmente pela imposição do trabalho aos sábados.
De acordo com o sindicato Sitesul, com os novos horários que a empresa pretende implementar, cada trabalhador só teria direito a gozar dois dias de folga consecutivas de três em três semanas, quando, a juntar ao dia de folga fixa, domingo, a folga rotativa fosse ao sábado ou à segunda-feira.
A administração da Autoeuropa só se deverá pronunciar depois da greve, que termina às 00:00 de quinta-feira.
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