Segundo a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL), as oito arguidas são acusadas dos crimes de furto (qualificado pelo modo de vida), burla informática (de valor consideravelmente elevado), burla informática e falsificação de documento.

Segundo o Ministério Público (MP), que requereu o julgamento em tribunal coletivo, ficou suficientemente indiciado que as arguidas, de nacionalidade estrangeira, integraram um grupo organizado que se dedicou a crimes contra o património entre setembro e dezembro de 2018.

A PGDL adianta que as oito mulheres furtavam carteiras a turistas e utilizavam os cartões de créditos das vítimas em diversas lojas de Lisboa, nomeadamente na aquisição de peças de vestuário e acessórios, bem como de produtos de joalharia “de elevado valor”.

Para o MP, as arguidas agiram “de forma concertada e de acordo com um plano previamente delineado, elegendo cuidadosamente as vítimas, quase sempre turistas que aparentavam ser titulares de elevadas quantias monetárias".

A PGDL refere também que o MP requereu a perda de produtos do crime encontrados na posse de algumas arguidas.

A líder do grupo está em prisão preventiva desde dezembro de 2018 por se verificar perigo de fuga e continuação da atividade criminosa, enquanto as restantes sete arguidas estão sujeitas a Termo de Identidade e Residência (TIR).

O inquérito foi dirigido pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, em colaboração com a Polícia de Segurança Pública.