“O futuro Museu da Resistência e da Liberdade dá aqui hoje os seus primeiros passos”, afirmou Graça Fonseca na Fortaleza de Peniche, onde hoje presidiu à inauguração de um Memorial aos Presos Políticos.
O monumento tem inscritos os nomes dos 2.510 presos políticos que entre 1934 e 1974 passaram pela Fortaleza, que a ministra lembrou ter sido “símbolo de uma violência que ainda crava fundo na memória de muitos”.
“Há 45 anos que se esperava que este lugar tivesse o devido destaque”, sublinhou Graça Fonseca, aludindo à importância do futuro Museu Nacional da Resistência e da Liberdade na “memória futura”.
Por isso, o monumento que hoje inaugurou “é um processo em continua construção, como contínua é a defesa da liberdade e dos valores” de abril, vincou, afirmando esperar que a memória da resistência e da luta pela liberdade possa ser visitada “em 2020”, no futuro museu, com conclusão prevista para o final do próximo ano.
Graça Fonseca discursava após Domingos Abrantes, histórico dirigente do PCP e um dos resistentes que cumpriu pena naquela cadeia política, ter classificado a preservação das instalações como “uma vitória da liberdade” e um símbolo da “luta corajosa de gente de inabalável confiança na conquista da liberdade”.
A inauguração do memorial e da exposição “Por Teu Livre Pensamento” foi marcada por um espetáculo musical, assinalando os 45 anos sobre a libertação dos presos políticos, que ocorreu a 27 de abril de 1974.
Marcou ainda o arranque da futura instituição museológica que terá um custo estimado de 3,5 milhões de euros e deverá contar com 40 trabalhadores.
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