Num comunicado hoje divulgado, o ministro da Cultura sublinha que a entidade criada há 18 anos, com sede em Montemor-o-Novo, no Convento da Saudação, “tem desenvolvido um trabalho de impacto local e de forte ligação à comunidade”.

Um trabalho que “vem usando a cultura como ferramenta fundamental de desenvolvimento e crescimento das valências do território e das suas comunidades”, acrescenta, sobre a entidade que recebeu o galardão, anunciado na quinta-feira.

A nível nacional, com prémios monetários de 50 mil euros para cada, foram também distinguidos o projeto “É Uma Casa, Lisboa Housing First”, da associação Crescer Na Maior (categoria de Coesão), e a cooperativa Coopérnico (categoria de Sustentabilidade).

Já a organização não-governamental britânica Article 19, de defesa da liberdade de expressão, venceu o prémio internacional, subordinado a questões sobre Direitos Humanos (100 mil euros).

“Ao longo dos anos, também se afirmou como um importante centro de residência e experimentação internacional, acolhendo anualmente centenas de artistas e contribuindo para a dinamização do setor cultural e dos seus públicos, através do cruzamento entre cultura, investigação e educação”, destaca ainda o responsável pela tutela da cultura sobre O Espaço do Tempo.

A distinção agora atribuída “reconhece o trabalho da estrutura na área da Cultura e, de forma mais ampla, na área do Conhecimento”, salienta ainda o ministro, no comunicado.

Por seu turno, na quinta-feira, o coreógrafo Rui Horta, diretor artístico da associação cultural, considerou, em declarações à agência Lusa, “incrível”, a escolha, e atribuiu “um grande significado” ao Prémio Gulbenkian Conhecimento com que a estrutura foi distinguida.

“Estamos felizes porque, a cada instante, tentamos sempre fazer projetos inovadores e avançar um pouco mais, porque acreditamos nisto. Então, quando de repente acordas e tens um prémio destes, é incrível. E vindo da Fundação Gulbenkian, melhor ainda”, disse à agência Lusa Rui Horta.

A associação, atualmente com uma estrutura permanente de nove pessoas, fica sempre “entusiasmada” com as colaborações com a comunidade, seja “um espetáculo da Universidade Sénior de Montemor, que deu um grande gozo fazer”, seja “um trabalho na escola em prol da leitura” ou um projeto numa escola de Lisboa para a “aprendizagem da dança por miúdos de bairros difíceis”.

Criado em 2000, O Espaço do Tempo é um centro multidisciplinar de residência e experimentação artística, que possui seis estúdios equipados, assim como auditório, e acolhe anualmente cerca de 400 artistas.

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