“Através da nomeação do senhor capitão-de-mar-e-guerra Paulo Manuel José Isabel, que a partir de hoje assume a responsabilidade de zelar pela Polícia Judiciária Militar, consolida-se a normalidade e a estabilidade inerentes ao regular funcionamento desta instituição”, declarou Azeredo Lopes.
Num breve discurso após a posse do capitão-de-mar-e-guerra Paulo Isabel, no salão nobre do Ministério da Defesa, Lisboa, o ministro Azeredo Lopes defendeu o “valor” da Polícia Judiciária Militar e considerou que o novo diretor vai enfrentar “circunstâncias exigentes”.
“Uma instituição que, enquanto tal, é um capital de valor. Uma instituição que, enquanto tal, dá, como sempre deu, o seu contributo para o património comum dos valores que fazem e asseguram um Estado de Direito”, disse.
"Fá-lo, estou certo, com grande coragem e sentido de missão", acrescentou.
O despacho de nomeação do novo diretor da PJM refere que “se deu a vacatura do lugar” e que o capitão-de-mar-e-guerra Paulo Isabel “pela sua aptidão e experiência profissional tem o perfil pessoal e profissional para se alcançar os objetivos” pretendidos para aquela instituição policial, que funciona hierarquicamente na dependência do ministro da Defesa.
No seu discurso, Azeredo Lopes aludiu às “circunstâncias sensíveis” e “conhecidas de todos, não sendo necessário repisá-las", que “fazem com que” o diretor cessante da PJM, coronel Luís Vieira, “cuja presunção de inocência não se belisca, não disponha das condições factuais e objetivas para desempenhar as funções para as quais foi designado”.
Azeredo Lopes sublinhou em seguida o “empenho desinteressado” do coronel Marques Alexandre, diretor da Unidade de Investigação Criminal da PJM que assumiu a direção da instituição quando o coronel Luís Vieira foi detido, no âmbito da investigação ao aparecimento do material de guerra furtado em Tancos.
O coronel Marques Alexandre decidiu na segunda-feira abandonar o cargo na PJM depois de o ministro da Defesa nomear para a direção daquela polícia o comandante Paulo Isabel.
Dirigindo-se ao novo diretor da PJM, em funções a partir de hoje, Azeredo Lopes disse que “não se escamoteiam as circunstâncias exigentes” que o esperam.
Contudo, frisou, “não se abdica da esperança nem da determinação a que sempre incita um desafio, como outros que com muito mérito enfrentou ao longo da sua carreira militar”.
A cerimónia, curta e com alguns militares e civis presentes, entre os quais os chefes dos ramos, decorreu no salão nobre do Ministério da Defesa, e, no final, nem o ministro da Defesa nem o novo diretor da PJM se mostraram disponíveis para responder a perguntas dos jornalistas.
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