A data foi acertada hoje na reunião da Comissão de Defesa Nacional, adiantou à Lusa um deputado da mesma, antes da audição do chefe do Estado-Maior do Exército, Rovisco Duarte, que decorre à porta fechada.

O PS requereu a audição de Azeredo Lopes depois de ter sido divulgada, pela Polícia Judiciária Militar, no passado dia 18, a recuperação do material de guerra furtado na base de Tancos para “atualizar informação”.

Ao contrário da audição de Rovisco Duarte, a reunião com Azeredo Lopes deverá ser aberta, defendeu o presidente da comissão de Defesa, Marco António Costa.

Na reunião de hoje, os deputados decidiram que a audição a Rovisco Duarte decorreria à porta fechada, depois de o presidente da comissão o ter recomendado, contra a posição inicialmente defendida pelo PSD e pelo CDS-PP.

Marco António Costa informou os deputados de que tinha proposto ao CEME que preparasse uma exposição para ser apresentada “à porta fechada” que, sustentou, “seria sempre distinta” de uma exposição aberta à comunicação social.

O deputado justificou a iniciativa alegando o “interesse do trabalho e a responsabilidade da comissão”, que teria a oportunidade, disse, de questionar Rovisco Duarte sobre a classificação dos documentos confidenciais relacionados com o furto de Tancos, que o ministério da Defesa fez chegar ao parlamento.

Marco António advertiu que “uma audição à porta fechada significa à porta fechada”.

O general está a ser ouvido desde cerca das 16:30, a requerimento do CDS-PP, sobre a recuperação do material militar roubado na base de Tancos, sobre a desativação daquela base militar e sobre as medidas de segurança adotadas nas unidades do Exército.

O deputado do CDS-PP João Rebelo, autor do requerimento, defendeu inicialmente que a audição deveria ser aberta por ser matéria de “interesse público”.

Pelo PSD, o deputado Bruno Vitorino também defendeu que a audição devia ser aberta, invocando que, sobre o mesmo tema, as audições do chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, Pina Monteiro, e do ex-secretário-geral dos serviços de informações, Júlio Pereira, foram abertas.

Por seu lado, o PS, o PCP e o BE consideraram que a audição deveria decorrer à porta fechada, acabando o PSD e do CDS-PP por concordarem.