"Não tenho hoje outra opção a não ser de submeter a minha demissão a sua majestade, o Rei", afirmou o governante no parlamento, visivelmente emocionado, pondo assim um ponto final na controvérsia que envolvia o seu nome.
O ministro, que ocupava o cargo desde outubro passado, tinha enfrentado hoje um debate difícil no parlamento, após ter admitido que mentiu sobre a sua presença numa reunião organizada pelo Presidente russo, na sua casa de campo, há mais de uma década.
Já era esperado que Halbe Zijlstra, membro do partido VVD (centro-direita), do primeiro-ministro Mark Rutte, enfrentasse questões difíceis e pedidos da sua demissão no parlamento.
No passado, o ministro da pasta diplomática afirmara que tinha participado numa reunião em 2006, quando Putin disse que considerava a Bielorrúsia, a Ucrânia e os Estados do Báltico como parte da "Grande Rússia".
No entanto, Zijlstra nunca esteve naquele encontro, mas falou com um ex-dirigente da petrolífera Shell que participou no encontro em casa de Putin e que afirma nunca ter dito o que o ministro repetiu nos últimos anos sobre a ideia expansionista de Putin.
Esta fonte escreveu hoje uma carta à imprensa holandesa em que assegurou que Zijlstra fez uma má interpretação da conversa, porque Putin "falava em termos históricos" e não "num tom de ameaça" contra a Europa.
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