"Espero que, obviamente, já noutra condição, poder estar aqui daqui a dois anos e ver como este edifício tem uma vida nova, por muitas e muitas décadas", disse Tiago Brandão Rodrigues no final da sua intervenção na apresentação das obras de requalificação da Escola de Dança e Música do Conservatório Nacional.
Na segunda-feira, estruturas representativas dos professores admitiram avançar com uma greve aos exames nacionais, às aulas e a tarefas burocráticas como o lançamento de notas, tendo o secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), Mário Nogueira, considerado "uma chantagem" a forma como o ministro da Educação quis negociar.
Os docentes exigem a recuperação dos nove anos, quatro meses e dois dias de serviço em que a contagem este congelada, ao passo que o Ministério da Educação só está disponível para a recuperação de menos de três anos.
O primeiro-ministro, António Costa, esteve com Tiago Brandão Rodrigues na apresentação do projeto de requalificação das Escolas de Dança e Música do Conservatório Nacional e, à saída, sublinhou que os professores já viram as suas carreiras descongeladas e que no país há "muito para descongelar" e os recursos são limitados.
"É preciso ter a noção de que o país não tem condições ilimitadas para poder fazer tudo e há muita coisa para descongelar. Há todas as carreiras para descongelar, há obras que tiveram paradas anos, na gaveta, que são necessárias descongelar, há investimentos no Serviço Nacional de Saúde, que são necessários descongelar, há muito para descongelar", defendeu António Costa.
O primeiro-ministro sublinhou que a "ideia de que não há descongelamento nas carreiras de professores é uma ideia falsa": "Só este ano vão progredir na carreira mais de 45 mil professores e nos próximos anos vão todos continuar a progredir, como estão a progredir nas carreiras gerais e noutras carreiras".
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