A decisão, anunciada em conferência de imprensa pelo porta-voz presidencial Kang Min-seok, surgiu dois dias depois de Kim ter posto o cargo à disposição, perante a deterioração das relações entre Seul e Pyongyang, no pior momento em mais de dois anos.
Kang não adiantou pormenores em relação a um possível sucessor no Ministério da Unificação, encarregado das relações com o regime norte-coreano, liderado por Kim Jong-un.
O ex-ministro, também académico e anterior dirigente de um importante centro de estudos estratégicos sobre a Coreia do Norte, foi empossado no cargo em abril de 2019 para impulsionar as relações bilaterais, na sequência do fracasso da cimeira entre o Presidente norte-americano, Donald Trump, e Kim Jong-un, em Hanói, em fevereiro do mesmo ano.
No entanto e perante a possibilidade de retomar os projetos de cooperação económica intercoreana, devido ao bloqueio na cimeira, Kim pouco pôde fazer, dado que Pyongyang assumiu progressivamente um tom mais duro com Seul e Washington.
Na semana passada, a Coreia do Norte acusou o Governo de Moon Jae-in de permitir que ativistas sul-coreanos lancem balões com propaganda contra Pyongyang, através da fronteira entre os dois países, o que viola um pacto bilateral assinado em 2018 para diminuir a tensão militar.
Embora Seul tenha denunciado estes grupos e ativado bloqueios policiais para evitar este tipo de ações, Pyongyang insistiu nas acusações e esta semana fez explodir o gabinete de ligação intercoreano, situado em território norte-coreano e inaugurado em 2018, ao mesmo tempo que vai enviar tropas para a fronteira.
Observadores disseram acreditar que o regime norte-coreano está a usar o lançamento destes balões como desculpa para agravar uma estratégia de pressão, originada pelo fracasso da cimeira de Hanói, onde não conseguiu o fim das sanções internacionais.
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