"Havia uma parte, de Penafiel até Rans, que estava lançada um concurso, mas tinha um problema. Era uma estrada que chegava a Rans e tinha de voltar para trás, porque não havia sequer ligação à atual estrada [nacional 106]. E isso não fazia sentido", explicou, respondendo a uma pergunta da Lusa.

Pedro Marques falava aos jornalistas em Castelo de Paiva, onde hoje participou numa sessão de apresentação dos apoios às empresas nas regiões afetadas pelos incêndios.

Ainda sobre o IC35, itinerário reclamado por Castelo de Paiva para assegurar uma ligação à A4, em Penafiel, o ministro acrescentou que se tem vindo a trabalhar para obter o relatório ambiental, autorização necessária para fazer a ligação do primeiro troço do IC35 à EN106 (estrada que liga Penafiel a Entre-os-Rios).

"Obtida a autorização, estarão reunidas todas as condições para termos a obra do IC35 nesta legislatura", referiu.

Sobre o resto da via rápida até Entre-os-Rios, o ministro recordou que foi recentemente aberto concurso para o estudo prévio de reperfilamento daquela estrada. Questionado sobre se ainda é possível a construção desse troço na atual legislatura, referiu que tudo vai depender da forma como decorrer a fase do projeto.

Pedro Marques reconheceu a necessidade do IC35, atendendo que a EN106 “está muito congestionada e não tem condições para ser a estrada de serviço”.

"Por isso é que é preciso a variante, o IC35", observou.

O ministro comentou também o dossiê da EN222, estrada que a autarquia de Castelo de Paiva reclama há décadas, e da qual apenas foi construída uma parte.

Pedro Marques reafirmou que decorre a fase de execução do projeto, processo iniciado por este Governo quando decidiu incluir a infraestrutura rodoviária no Programa de Valorização dos Acessos às Zonas Empresariais. O governante previu que o projeto esteja concluído em 2018 "e que depois há de chegar o tempo de fazer a obra".

Afirmou ainda que se trata de um "projeto prioritário" para o atual Governo, o que, acentuou, não acontecia no passado, como prova o facto de até agora não haver projeto.

A variante à EN222 entre Póvoa e Canedo, cujo projeto está a ser realizado, terá uma extensão de nove quilómetros e um custo estimado de 18 milhões de euros.

A obra aproximará o concelho dos principais eixos rodoviários, como a A32/IC2 através do Nó de Canedo.

O presidente da Câmara de Castelo de Paiva, Gonçalo Rocha, tem dito que a EN222 é uma "ligação estratégica para o litoral, potenciando uma melhor mobilidade, ajudando a alavancar a economia local, a cativar investimento e a criação de mais emprego".