"Se estamos a trabalhar no sentido de evitar paragens? Não, de todo em todo. Estamos a trabalhar no sentido de ultimar um diploma que começámos e tornámos público e, em paralelo, estamos completamente disponíveis para dialogar com qualquer setor e temos uma vontade muito grande de recomeçar, porque o diálogo foi interrompido", disse João Pedro Matos Fernandes.
Segundo o ministro, o diálogo só foi interrompido naquilo que diz respeito "à modernização do táxi" e que tal não aconteceu por responsabilidade de nenhuma das partes.
Matos Fernandes frisou, ainda, que apesar de não estar agendada nenhuma reunião com os representantes dos táxis, que marcaram para a próxima segunda-feira novo protesto, as "portas [do Ministério] estão abertas".
"Para reunir comigo não é preciso fazer bloqueios nas ruas de Lisboa", disse o ministro aos jornalistas, no final de uma audição na comissão parlamentar de Economia, Inovação e Obras Públicas.
João Pedro Matos Fernandes disse, ainda, que estão a ser avaliados os contributos obtidos na consulta pública do diploma que regula a atividade das plataformas eletrónicas.
"Há contributos que pensamos que pode valer a pena ser integrados", afirmou.
Revelando que não recebeu sugestões de nenhuma das duas associações representativas do setor do táxi, o ministro adiantou que estão a ser analisados contributos referentes aos motoristas que prestam serviço às plataformas digitais.
Matos Fernandes lembrou, ainda, a importância que os táxis "têm para a mobilidade urbana", reiterando querer desenvolver a modernidade do setor.
"Os táxis são peça indispensável da mobilidade urbana, desenhamos um pacote para a modernização do setor do táxi. O que queremos fazer com o setor é garantir que uma boa parte dos táxis de Lisboa e Porto serão elétricos", sublinhou.
O ministro adiantou que outra proposta do Governo é a criação de uma tarifa específica nos aeroportos e portos de cruzeiros, como forma de "facilitar" a relação entre taxistas e clientes.
O governante disse também que se pretende instalar um conjunto de postos de abastecimento de veículos elétricos nas praças de táxis.
Segundo Matos Fernandes, as medidas para a modernização do setor do táxi estão "adormecidas do lado das associações", que preferiram discutir a regulamentação das plataformas.
"Estamos interessadíssimos [em] que esse pacote avance. Para que candidatura seja apresentada oficialmente" no âmbito do Plano Juncker, acrescentou.
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