João Matos Fernandes, foi ouvido hoje à tarde na Comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas rejeitou as críticas que têm sido feitas ao projeto, nomeadamente de que a linha circular “irá servir apenas os turistas da capital”.
Suportado por um estudo de viabilidade à construção desta linha, realizado em 2016, o ministro do Ambiente referiu que a concretizar-se este projeto está previsto um aumento de 8,9 milhões de passageiros, durante o primeiro ano de operação.
“Estamos a falar de seis milhões [utentes] que são injetados diretamente e três milhões fora da cidade de Lisboa. Este estudo não considerou os turistas e, por isso, não faz sentido falar num carrossel para os turistas”, apontou, acrescentando que esta linha irá beneficiar igualmente os utentes da Margem Sul e da linha de Cascais.
No entanto, à exceção dos deputados socialistas, os restantes grupos parlamentares criticaram esta opção defendendo uma prioridade de expansão aos concelhos periféricos de Lisboa, nomeadamente a Loures.
“Diariamente entram 350 mil automóveis em Lisboa, oriundos de concelhos como Amadora, Odivelas, Loures e municípios da zona Oeste. Não seria melhor resolver o problema dessas pessoas?”, questionou o deputado social democrata Carlos Silva, sublinhando que o objetivo não deve ser transformar o metro num “inter-freguesias da cidade de Lisboa”.
Em resposta a estas críticas, João Matos Fernandes utilizou o exemplo do concelho de Loures para sublinhar que uma ligação entre Loures e Santa Apolónia não teria uma procura “durante todo o dia” como existe no centro da cidade: “Tem de existir uma oferta racional e aumentar a oferta onde a procura é maior”, insistiu.
Contudo, o governante ressalvou que a expansão do metropolitano de Lisboa a outros concelhos não está descartada em “futuros projetos”.
“Tem razão quando fala na população que vive na periferia e é absolutamente importante resolver. Iremos bater-nos até ao fim por este anel para que seja o coração e daí derivem outras linhas de procura”, apontou.
Relativamente ao investimento no plano de expansão do Metropolitano de Lisboa, João Matos Fernandes perspetivou uma verba de cerca de 200 milhões de euros.
“Com esta verba esta é a obra que gera mais passageiros e que poderá roubar mais passageiros ao transporte individual”, concluiu
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