“Tudo o que resta à Rússia é lançar ameaças contra outros Estados, após décadas de políticas falhadas baseadas na agressão, coerção e desrespeito. Isto só mostra a fraqueza da Rússia”, disse o chefe diplomático ucraniano, Dmytro Kuleba, na rede social Twitter.
“Estamos ao lado do povo e do governo da Moldova amiga face às renovadas ameaças de Moscovo”, acrescentou o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano.
Na sexta-feira, a diplomacia russa denunciou a decisão da UE-27 de conceder à Ucrânia e à Moldova o estatuto de candidatos, encarando-a como uma manobra geopolítica contra Moscovo, no meio de uma invasão do seu vizinho ucraniano.
Esta decisão “confirma que uma aquisição geopolítica da área da CEI (a Comunidade de Estados Independentes, que reúne vários países da ex-URSS) está a ser ativamente prosseguida, a fim de conter a Rússia”, lamentou a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakharova.
Na sua opinião, o objetivo da UE é “estabelecer relações com as regiões da sua vizinhança, com base no princípio do mestre-escravo”.
Afirmou também que Bruxelas estava a utilizar “métodos de chantagem política e económica” e a pressionar os Estados candidatos a impor “sanções ilegítimas” a Moscovo.
Os líderes da UE-27 reconheceram a Ucrânia e a Moldova, duas antigas repúblicas pró-soviéticas, como candidatas à UE, numa cimeira realizada quinta-feira, em Bruxelas. A decisão marca o início de um longo e complexo processo de adesão.
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