“A migração voluntária e a absorção dos árabes de Gaza em países de todo o mundo é uma solução humanitária que acabará com o sofrimento dos judeus e dos árabes”, escreveu Smotrich nas redes sociais.
Smotrich defendeu que seria a solução correta para os residentes de Gaza e de toda a região, após 75 anos de “refugiados, pobreza e perigo”.
Disse que a maior parte da população de Gaza é constituída por refugiados de quarta geração, que em vez de terem sido realojados pelo mundo ficaram “reféns da pobreza e da sobrelotação” da Faixa de Gaza.
“Esta é também a razão do ódio intenso sobre cujos joelhos o povo de Gaza está a crescer e a ser educado em relação ao Estado de Israel e aos judeus”, afirmou.
Para Smotrich, um território como Gaza, “sem recursos naturais e fontes de financiamento independentes, está condenado à inviabilidade sem apoio externo”.
“A aceitação dos refugiados por parte dos países do mundo que têm verdadeiramente em mente os seus interesses, com o apoio e a generosa assistência financeira da comunidade internacional, incluindo o Estado de Israel, é a única solução que porá fim ao sofrimento e à dor de judeus e árabes”, afirmou.
Smotrich, que negou em várias ocasiões a existência do povo palestiniano, foi de imediato criticado pela Autoridade Palestiniana (AP), que o acusou de racismo e de as suas ideias fazerem parte do “plano colonial” de Israel.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da AP condenou num comunicado “as declarações racistas do fascista Smotrich”, considerando-as “um desrespeito pelas posições internacionais que rejeitam a deslocação dos palestinianos”.
A única solução, segundo o ministério, é Israel pôr fim ao genocídio que acusou de estar a cometer com o apoio de pessoas como pessoas como Smotrich, e que a comunidade internacional intervenha para pôr fim à ocupação.
Israel e o Hamas estão em guerra desde 7 de outubro, quando o grupo extremista islâmico invadiu o sul do país a partir da Faixa de Gaza e matou 1.200 pessoas.
Desde então, o Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007, disse que mais de 11 mil pessoas foram mortas em bombardeamentos e operações terrestres israelitas naquele território.
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