Em Braga, na Universidade do Minho (UMinho), à margem da conferência "Create Knowledge. Foster Change: Towards a New Decade of Joint Achievements", Manuel Heitor referiu que a Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), responsável pelo reembolso às universidades dos gastos em investigações teve dificuldades "técnicas e humanas" para dar respostas atempadas pelo facto de "terem sido apresentadas muitas despesas ao mesmo tempo", entre julho e agosto.
Segundo Manuel Heitor e o representante da FCT, também presente no evento, Nuno Rodrigues, a situação vai ser regularizada "até finais de outubro" e serão revistos os procedimentos inerentes ao processo.
Esta semana, os reitores de várias universidades explicaram que o atraso naqueles reembolsos causa constrangimentos ao funcionamento das academias: "Como é fácil de calcular, se é a universidade que está a adiantar verba para as investigações e depois essa verba, por causa do processo de verificação, demora muito a ser reembolsada e acabamos por nos ver, ao fim de algum tempo, com dificuldades de tesouraria e falta de verba", explicou à Lusa o reitor da Universidade do Minho, também presente naquele evento.
O ministro explicou que houve "um pico da apresentação de despesas no final de julho e em agosto na FCT e teve que se fazer alterações ao processo de reembolso: "Agora as instituições recebem primeiro e só depois é feita a validação da despesa", sintetizou.
Nuno Rodrigues explicou a FCT, que funciona com dinheiro do Orçamento do Estado e de fundos europeus, vai, a partir deste ano, pagar adiantado 80% do valor reclamado e o restante será distribuído após a aprovação da despesa.
"[Foi necessário] alterar procedimentos internos porque adiantar despesa é muito diferente do que validar e pagar à posteriori", apontou o responsável.
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