A ONU, a União Europeia (UE), os Estados Unidos e vários países muçulmanos condenaram a oração, que foi qualificada como "inaceitável" e "provocação inútil".
Localizada no setor da Cidade Santa ocupada e anexada por Israel, a Esplanada das Mesquitas, o terceiro lugar mais sagrado do islão, foi construída sobre as ruínas do segundo templo judaico, destruído no ano 70 d.C. pelos romanos. Para os judeus, trata-se do Monte do Templo, o local mais sagrado do judaísmo.
Ben Gvir filmou-se no local por ocasião do Ticha Beav, feriado judaico que marca a destruição dos dois templos, e pediu a "derrota" do Hamas ao invés de negociações com o movimento islamista palestiniano em guerra contra Israel em Gaza.
"Cerca de 2.250 judeus rezaram, dançaram e hastearam a bandeira israelita" na esplanada, disse à AFP, sob condição de anonimato, um funcionário da Waqf, a administração jordaniana de locais religiosos muçulmanos em Jerusalém.
Durante a segunda faixa de horário atribuída aos não muçulmanos no período da tarde, "mais de 700 judeus rezaram ali", acrescentou a fonte.
Segundo um estatuto decretado após a conquista de Jerusalém Oriental por Israel em 1967, os não muçulmanos estão autorizados a visitar a Esplanada das Mesquitas, que abriga a Cúpula da Rocha e a mesquita de Al Aqsa, em horários específicos e sem rezar, uma regra cada vez menos seguida por alguns judeus nacionalistas.
O local é administrado pela Jordânia, mas o acesso é controlado pelas forças de segurança israelitas.
"Somos contrários a qualquer esforço para mudar o status quo nos locais sagrados [...] Este tipo de comportamento não ajuda e é uma provocação inútil", disse Farhan Hapel, porta-voz da ONU.
Os Estados Unidos qualificaram o ocorrido como "inaceitável", enquanto a União Europeia denunciou as "provocações" de Gvir.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros palestiniano denunciou uma "escalada", referindo-se a "incursões ilegais [...] em preparação para a imposição do controlo total israelita e a judaização" do local "em violação do direito internacional".
Durante a sua visita, Ben Gvir referiu-se à guerra que Israel e o Hamas travam na Faixa de Gaza há mais de dez meses e afirmou que é necessário "ganhá-la".
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