“Creio que nós vamos analisar aquilo que serão as decisões da administração americana e procurar reforçar os laços económicos”, disse Joaquim Miranda Sarmento, falando aos jornalistas portugueses em Bruxelas, no final de uma reunião do Ecofin.
Um dia após o novo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter tomado posse, o responsável salientou que o 47.º chefe de Estado norte-americano, no seu discurso de segunda-feira, “não falou em tarifas, especificamente em tarifas” para a União Europeia (UE).
“Acho que nós podemos ver o copo meio cheio ou meio vazio e eu gosto de ver o copo meio cheio. A UE teve, nestes últimos 20 anos, desafios enormes, […] como o alargamento a leste, mas também a crise financeira, crises de dívidas soberanas, mais recentemente a pandemia, a guerra na Ucrânia, a inflação. A Europa soube manter-se unida em todos esses momentos e soube encontrar os instrumentos e as políticas necessárias para ultrapassar as dificuldades”, vincou.
Para Joaquim Miranda Sarmento, este deve por isso um “caminho de cada vez mais união, de cada vez mais cooperação entre os Estados-membros, de cada vez mais reforço das políticas comuns”.
“Veremos o que é de suceder nos próximos anos e nos próximos meses”, adiantou, embora lamentando o anúncio de Trump, de que os Estados Unidos sairão do Acordo de Paris no combate às alterações climáticas.
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