“Perante os desafios e perturbações geopolíticas, China e Itália devem aderir à forma correta de conviver entre si, caracterizada pelo respeito e confiança mútuos, abertura, cooperação e diálogo entre iguais”, disse Wang Yi, citado pela agência noticiosa oficial chinesa Xinhua.
O ministro dos Negócios Estrangeiros chinês enfatizou a relevância da cooperação entre os dois países e manifestou a vontade de Pequim de “trabalhar em conjunto” com Roma para implementar os consensos alcançados pelos líderes de ambas as nações.
Wang defendeu o reforço dos intercâmbios de alto nível, a consolidação da base política das relações bilaterais, a expansão da cooperação prática a alto nível, o enriquecimento dos intercâmbios entre os dois povos e a promoção do desenvolvimento sustentado e estável das relações.
Citado pela Xinhua, o ministro dos Negócios Estrangeiros italiano, Antonio Tajani, vincou que Itália atribui grande importância à construção de relações estáveis e de longo prazo com o país asiático, ao mesmo tempo que sublinhou o seu compromisso com o princípio ‘Uma só China’.
Aquele princípio é visto por Pequim como garantia de que Taiwan é parte do seu território.
Ambos os ministros sublinharam que, apesar da volatilidade no cenário internacional, as relações entre Itália e China não vão ser afetadas.
A visita de Antonio Tajani a Pequim ocorre numa altura em que a Itália se prepara para abandonar a iniciativa ‘Uma Faixa, Uma Rota’, o principal programa da política externa de Pequim.
A participação do país europeu, que foi aprovada em março de 2019 pelo governo do então primeiro-ministro italiano Giuseppe Conte (2018-2021), foi uma decisão “correta” e com base no “vínculo histórico e cultural” e na “necessidade prática de desenvolvimento de ambos os países”, defendeu o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, no mês passado.
A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, ainda não anunciou se vai renovar o acordo com a China por mais cinco anos. No entanto, um rompimento pode levar a retaliações comerciais por parte de Pequim.
Itália tem sido pressionada a sair do acordo pelos Estados Unidos, que veem a China como o seu maior rival estratégico, e pela União Europeia, que está a tentar reduzir a sua dependência face ao país asiático em vários setores estratégicos, incluindo no setor tecnológico.
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