Na sequência de um conjunto alargado de outros telefonemas com chefes de diplomacia de países próximos do Médio Oriente, ao longo dos últimos dias, Cravinho manteve hoje contacto telefónico com o seu homólogo marroquino, Nasser Bourita, para discutir os mais recentes desenvolvimentos da situação em Israel e Gaza.

Na rede social X, Cravinho disse que convergiu com o ministro marroquino sobre “a necessidade de retomar com urgência a via diplomática” no Médio Oriente, recordando que Marrocos detém nesta altura a presidência em exercício da Liga Árabe.

Também hoje, Cravinho conversou telefonicamente com o seu homólogo turco, Hakan Fidan, com quem discutiu a situação na Ucrânia e no Médio Oriente, defendendo que “apenas uma solução diplomática pode ser duradoura”.

A partir de Praga, onde também hoje se encontrou com o seu homólogo checo, Jan Lipavsky, o chefe da diplomacia portuguesa defendeu que, apesar da crise desencadeada pelos ataques do Hamas contra Israel, o Ocidente não pode “perder de vista a necessidade de continuar a apoiar a Ucrânia”.

“A conflagração no Médio Oriente merece toda a nossa atenção, mas não podemos perder de vista a necessidade de continuar a apoiar a Ucrânia”, escreveu o chefe da diplomacia portuguesa, na rede social X (antes Twitter).

O grupo islamita Hamas lançou no sábado passado um ataque surpresa contra Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.

Em resposta, Israel bombardeou a partir do ar várias infraestruturas do Hamas na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.

Os ataques já provocaram milhares de mortos e feridos nos dois territórios.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou que Israel está “em guerra” com o Hamas.

Na capital checa, Cravinho também participou como orador na Conferência Fórum 2000, num painel sobre o impacto global da guerra provocada pela invasão russa na Ucrânia.

Após a reunião presencial em Praga com Cravinho, o chefe da diplomacia checa escreveu na rede X que também tinha conversado sobre a cooperação entre os dois países em regiões como África e América Latina, saudando o apoio que Portugal tem dado à Ucrânia.