“A minha equipa está a trabalhar na preparação de uma viagem aos países latino-americanos e, claro, espero que o Brasil seja um deles”, disse hoje Kuleba num ‘briefing’ ‘online’ com a imprensa estrangeira em Kiev, referindo que as datas ainda estão a ser fechadas.
O chefe da diplomacia ucraniana destacou o Brasil na sua ronda pela América Latina, referindo que mantém “um contacto muito bom” com o seu homólogo brasileiro, Mauro Vieira.
O reforço dos laços com a América Latina, e em concreto com o Brasil, e o resto do chamado “sul global”, onde a Rússia continua a exercer grande influência, tem sido uma das prioridades da Ucrânia desde o ano passado.
Até o momento, Kiev não conseguiu que o Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, defensor de uma solução negociada para a invasão russa da Ucrânia iniciada em fevereiro de 2022, visitasse Kiev ou recebesse o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky, no seu país.
Quanto ao apoio à Ucrânia no “sul global”, Kuleba afirmou que depende da situação na frente. Quando as forças de Kiev obtêm sucessos relevantes, apontou, os países dessas regiões “tornam-se mais inclinados” para uma posição mais favorável à causa ucraniana.
Pelo contrário, essas mesmas capitais assumem posições “mais equilibradas” quando a Ucrânia não obtém sucesso na frente, afirmou o ministro, numa fase em que a Ucrânia enfrenta dificuldades de armamento e munições para conter os avanços russos no leste do país.
Parte dos esforços da diplomacia de Kiev em África, Ásia e América Latina concentram-se na tentativa de reunir apoio para a fórmula da paz do Presidente Zelensky, um documento que exige a retirada das tropas russas de todo o território ucraniano para restaurar o respeito pela legalidade internacional na Ucrânia.
A Ucrânia espera realizar a primeira cimeira sobre esta fórmula da paz na primavera, na Suíça, na qual espera que participe o maior número possível de países
Kiev espera que o apoio massivo de governos de todo o mundo a esse documento redobre a pressão sobre a Rússia para acabar com a agressão militar na Ucrânia, mas recusa-se a envolver Moscovo no processo.
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