“Estamos a preparar a missão a Moçambique ao nível técnico, entre as duas diplomacias, a diplomacia da União Europeia e a diplomacia de Moçambique e prevemos que esta missão política possa acontecer ainda este mês”, afirmou Santos Silva.

O governante falava numa conferência de imprensa conjunta com o seu homólogo cipriota, Nikos Christodoulides, depois de uma reunião de trabalho, em Lisboa.

O ministro português está incumbido de liderar a missão da UE depois de o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, ter pedido, em dezembro, que Santos Silva se deslocasse a Moçambique como seu enviado para abordar com as autoridades locais a situação em Cabo Delgado, palco da violência armada atribuída a grupos extremistas islâmicos.

Augusto Santos Silva mostrou-se “honrado” com a nomeação para liderar a missão em representação de Josep Borrell, considerando que irá contribuir “para que a resposta da União Europeia de apoio a Moçambique seja o mais rápida e eficaz possível”.

A escolha de Santos Silva acontece numa altura em que Portugal assumiu a presidência do Conselho da UE, em 01 de janeiro, e que se estende até 30 de junho de 2021.

A violência armada em Cabo Delgado, onde se desenvolve o maior investimento multinacional privado de África, para a exploração de gás natural, está a provocar uma crise humanitária com mais de duas mil mortes e 560 mil pessoas deslocadas, sem habitação, nem alimentos, concentrando-se sobretudo na capital provincial, Pemba.

Algumas das incursões passaram a ser reivindicadas pelo grupo ‘jihadista’ Estado Islâmico desde 2019.

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