O ponto de situação do incêndio que continua a lavrar em Monchique foi comunicado pelo Comandante Distrital de Faro, Vitor Vaz Pinto, esta manhã.

No total, foram registadas 108 ocorrências, tendo sido assistidas 79 pessoas e registados 29 feridos ligeiros e um grave.

No terreno encontram-se 1.203 homens, apoiados por 375 veículos e 19 meios aéreos — 1 helicóptero bombardeiro pesado, cinco helicópteros bombardeiros ligeiros, 6 aviões bombardeiros médios, 5 aviões bombardeiros pesados e 2 aviões de avaliação e coordenação para apoio à decisão.

A previsão meteorológica permanece desfavorável a quem combate os incêndios, com ventos moderados com rajadas fortes e temperatura a rondar os 35 graus. Todavia, uma nota positiva: a humidade relativa vai aumentar para 35% a 40%.

Vitor Vaz Pinto apelou às populações para que cumpram "escrupulosamente" as indicações das autoridades.  Também as zonas de Rincovo e Nave geram preocupações.

Este incêndio, que lavra desde sexta-feira em Monchique, conta com seis focos ainda complexos, tendo obrigado à retirada de 250 pessoas.

O responsável, que não apontou o número de casas atingidas, apontou as zonas de Casais e da barragem de Odelouca como as mais críticas esta manhã.

Questionado sobre eventuais falhas nas comunicações, Vítor Vaz Pinto disse que a rede de comunicações de emergência SIRESP foi reforçada e não sofreu falhas que comprometessem a operação. A principal preocupação, sublinhou, é salvaguardar pessoas e bens.

O comandante disse ainda que a expectativa é de que durante a tarde de hoje os bombeiros consigam diminuir a intensidade das chamas nas zonas mais críticas, mas reconheceu que não “será uma tarefa fácil”.

O presidente da Câmara Municipal de Monchique, Rui André, afirmou que há várias casas de primeira habitação destruídas pelo fogo e que não foi feita até ao momento a sua contabilização, mas apontou para mais de duas dezenas de casas consumidas pelas chamas.

(Notícia atualizada às 14h10)