“Convoquei este Comité de Emergência sobre o surto de Monkeypox porque preciso do vosso conselho para avaliar as implicações imediatas e de longo prazo para a saúde pública da evolução deste evento”, adiantou o diretor-geral da OMS na abertura da reunião de peritos de várias áreas e países.

Tedros Adhanom Ghebreyesus manifestou-se preocupado com o número crescente de infeções, adiantando que já foram reportados à organização mais de 14 mil casos de 71 países das seis regiões da OMS.

Segundo disse, alguns países já registam um aparente declínio de casos, enquanto noutros verificam-se agora aumentos de infeções, e seis reportaram os primeiros casos na última semana.

“Estou perfeitamente ciente de que qualquer decisão que tome sobre a possível determinação de uma Emergência de Saúde Pública de Preocupação Internacional (PHEIC, na sigla em inglês) implica a consideração de muitos fatores, com o objetivo último de proteger a saúde pública”, salientou Tedros Adhanom Ghebreyesus.

A reunião de hoje é a segunda do comité para analisar a evolução da Monkeypox, depois de no primeiro encontro, que decorreu no final de junho, os peritos terem considerado que a doença não representava uma PHEIC, quando estavam notificados cerca de 3.000 casos em 47 países.

Com base na nova avaliação de hoje, os peritos vão decidir se o surto cumpre agora os critérios para ser declarado como uma PHEIC, o nível mais alto de alerta decretado pela OMS, e que foi determinado para a covid-19 em 2020.

A PHEIC é definida como "um evento extraordinário, grave, repentino, incomum ou inesperado”, com implicações para a saúde pública para além da fronteira nacional de um Estado afetado e que pode exigir uma ação internacional imediata.

Os últimos dados semanais da Direção-Geral da Saúde (DGS), divulgados em 15 de julho, indicam que Portugal totalizava 515 casos de infeção pelo vírus Monkeypox confirmados em todas as regiões de Portugal continental e na Madeira.

Segundo a DGS, uma pessoa que esteja doente deixa de estar infecciosa apenas após a cura completa e a queda de crostas das lesões dermatológicas, período que poderá, eventualmente, ultrapassar quatro semanas.

Os sintomas mais comuns da doença são febre, dor de cabeça intensa, dores musculares, dor nas costas, cansaço, aumento dos gânglios linfáticos com o aparecimento progressivo de erupções que atingem a pele e as mucosas.

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