Luís Montenegro falava aos jornalistas no final da cerimónia oficial das comemorações do 112º aniversário da implantação da República em Portugal, na qual o Presidente da República falou dos governos que "tendem quase sempre a ver-se como eternos" e das oposições "quase sempre a exasperarem-se pela espera", afirmando em seguida que "nada é eterno" e que "a democracia é por natureza o domínio da alternativa, própria ou alheia".

Para o líder social-democrata, esta visão de Marcelo Rebelo de Sousa é “muito pertinente” nos dias de hoje, em que “a democracia dispõe de instrumentos que à época não existiam, para se regenerar e para a governação ter uma ação transformadora do país que possa resolver os problemas quotidianos das pessoas, das comunidades, de forma a não deixar crescer fenómenos de extremismo que põem em causa o bom funcionamento da democracia”.

“Vejo nisso um apelo forte do Presidente da República a todos os agentes políticos: Aos que governam, para terem políticas transformadoras, reformistas que possam resolver os problemas com que os portugueses se deparam no dia-a-dia; às oposições, para a assunção da responsabilidade da exigência, do escrutínio, da fiscalização e da criação de alternativas”, indicou.

Montenegro afastou-se, a si e ao seu partido, de qualquer movimento de extremismo político.

“Temos uma história que fala por nós, não temos nada a ver com movimentos de extremismo político, não temos nada a ver com movimentos fascistas, xenófobos. Escusam de tentar colar-nos a essa ligação, porque ela não existe é uma ficção”, acrescentou.

Sobre o executivo de António Costa, o líder do principal partido da oposição considerou que “o acumular de casos, de descoordenação, de dúvidas, que tem, infelizmente, envolvido o Governo nos últimos meses, contribuem para degradar o ambiente político e o ambiente de confiança que os cidadãos têm nos seus dirigentes”.

E aconselhou: “O Governo tem de deixar de estar à deriva e concentrar-se em responder naquilo que afeta realmente as pessoas – a oferta de serviços públicos de qualidade em áreas essenciais como a saúde, a educação, a cultura, o desporto, áreas que dão qualidade de vida às pessoas no dia-a-dia e, naturalmente, ter uma economia suficientemente pujante e preparada”.

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