Num jantar-comício em Cascais, que contou com a intervenção do ex-líder e militante número um do PSD, Francisco Pinto Balsemão, Luis Montenegro disse também que “chega de um país que quer nivelar tudo por baixo”, afirmando não ter medo da palavra que designa o partido liderado por André Ventura.
“Já agora chega de um lado e chega do outro. Chega de nivelar por baixo e chega de dizer às pessoas que é possível dar tudo a todos ao mesmo tempo, nós somos ambiciosos, mas temos responsabilidade”, afirmou.
Depois de já ter passado hoje por Portimão e Silves (no distrito de Faro) e por Torres Vedras, no distrito de Lisboa, Montenegro terminou o dia de pré-campanha num jantar que juntou, segundo a organização, cerca de mil pessoas onde quis deixar um claro apelo ao voto útil, dizendo até compreender quem escolhe o seu voto pelo interesse em temas mais particulares ou pela vontade protesto.
“Independentemente da legitimidade desses programas mais específicos, da vontade de protesto, se querem ter um governo novo só há um opção que é votar AD. O voto de protesto é legítimo, mas não muda o governo, o voto de protesto beneficia o infrator, beneficia o PS”, considerou.
Montenegro apelou aos eleitores que avaliem os programas, mas também as equipas e “as características de cada um dos líderes”.
“E não tenham nenhum sentido de desperdício da oportunidade que têm de mudar de governo”, reforçou, admitindo para quem Portugal está bem “a opção mais certa é votar no PS”.
Antes, Francisco Pinto Balsemão, que foi primeiro-ministro da primeira Aliança Democrática (que juntou, nos anos 80 como agora, PSD, CDS-PP e PPM) apelou também a um voto na mudança.
“Estamos aqui para dizer bem alto que estamos fartos de viver em letargia, estamos fartos de viver num país adiado (…) Vamos votar na AD para construir já o nosso futuro”, apelou, considerando que Luís Montenegro tem “dão provas sobejas da capacidade de liderança”.
“Tem demonstrado que está preparado para ser o próximo primeiro-ministro de Portugal”, defendeu.
No fim da intervenção do militante número um do PSD, o ‘speaker’ encarregado de apresentar as intervenções salientou: “E se isto não é envolver os ex-presidentes na campanha não sei o que é”.
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