“Essas transferências servem apenas para ‘tapar buracos’ e não é isso que devia ser. É um processo de que tem sido ‘flop’, não passando da transferência um conjunto de despesas da administração central para as autarquias, mas sem nenhuma margem de manobra”, disse o líder dos social-democratas, à margem de um visita a uma exploração agrícola em Vila do Conde, no distrito do Porto.
Este tema da descentralização foi debatido quinta-feira, por Luís Montenegro, numa reunião com autarcas do PSD do distrito do Porto, no âmbito da iniciativa do partido ‘Sentir Portugal’ e deverá ser abordado, também esta tarde, numa reunião com Rui Moreira, presidente da Câmara do Porto.
“Faz agora dois anos que celebramos com o movimento [independente] liderado por Rui Moreira um acordo político de governação da Câmara do Porto, e vamos fazer o balanço da primeira metade do mandato e tratar de assuntos muito importantes do poder local e da cidade”, antecipou Montenegro.
O líder do PSD revelou uma “preocupação muito grande com o sentimento de insegurança que se vive no Porto”, detalhando que “várias zonas estão identificadas com problemas, nomeadamente ligados ao consumo de drogas”.
Ainda no âmbito do poder local, Luís Montenegro antecipou as eleições autárquicas de 2025, traçando metas para a prestação do PSD.
“A fasquia do partido é aumentar muito a sua representatividade autárquica, nomeadamente no distrito do Porto, onde só lideramos cinco municípios. Queremos recuperar câmaras importantes como Porto, Vila Nova de Gaia, Gondomar ou Valongo, e, obviamente, a trabalhar para ganhar autarquias como Vila do Conde e Matosinhos”, afirmou.
O presidente dos social-democratas reconheceu, ainda assim, que “será difícil vencer todas as câmaras do distrito”, mas mostrou-se confiante “que o PSD vai apresentar boas candidaturas”.
“Vamos disputar as 18 câmaras do distrito, sabendo que há condições políticas, locais e regionais para almejar essas ganhar essas eleições”, concluiu.
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