Na intervenção de abertura do Conselho Nacional do PSD, Luís Montenegro acusou o PS de ser o único partido em Portugal “com condições de ser governo” que “anda de braço dado com extremismos”, quer de esquerda, quer de direita, conforme “dá jeito”, e garantindo que o PSD nunca governará nem com um nem com outro.

“Ontem na Assembleia da República, o presidente da Assembleia da República, num discurso muito curioso porque foi monotemático, falou do tempo da política: deixem-nos estar aqui que nós estamos agarrados ao poder até 2026 e que é preciso respeitar a vontade do povo”, criticou.

Montenegro, que assistiu na primeira fila aos discursos da sessão solene do 25 de Abril, disse que “nem queria acreditar” no que ouviu de Santos Silva, recordando o que se passou em 2015.

“Como é possível que as pessoas que perderam eleições em 2015, que não tinham a vontade do povo para governar e se foram juntar à extrema-esquerda (…) como é possível que esta gente diga que respeita a vontade popular e queira atirar pedras para cima da casa do PSD”, afirmou, acusando o presidente do parlamento de nunca ter “despido a camisola de militante do PS”.

O líder do PSD acusou o PS de, “agora que a extrema-esquerda já não está à mão de semear”, “se querer ancorar na extrema-direita”.

“Defendem a extrema-direita e falam de coisas de que nós não falamos. Quero aqui dizer que nós no PSD nunca governámos, nem vamos governar com o apoio nem da extrema-esquerda nem da extrema-direita”, afirmou.