“Tive ocasião de fazer a viagem até Manteigas, de poder aferir as consequências da ineficácia do Governo em cumprir aquilo que promete às populações”, disse Luís Montenegro aos jornalistas.

O líder social-democrata, que está a realizar no distrito da Guarda a iniciativa “Sentir Portugal”, incluiu hoje no roteiro os concelhos de Guarda, Manteigas, Gouveia e Fornos de Algodres.

No concelho de Manteigas visitou locais como a freguesia de Vale de Amoreira que, na sequência do incêndio, foi afetada por enxurradas que causaram elevados prejuízos.

“E já não bastava todo o flagelo e a tragédia que atingiu aquela população com os incêndios florestais do último verão, tiveram também, fruto dessa incapacidade, de sofrer as agruras das enxurradas”, disse.

Acrescentou que as enxurradas surgiram por “não se ter feito nada a seguir aos incêndios” e “afetaram algumas freguesias de uma forma muito, muito vincada”.

Os episódios verificados, prosseguiu, “atestam, mais uma vez, a grande diferença entre aquilo que são os aparecimentos de membros do Governo nesta região, sempre com um apelo muito grande, um apego muito grande também a encontrar soluções, caminhos … ’vai ficar tudo melhor’, como dizia um membro do Governo a propósito da serra da Estrela. E, depois, no terreno nós verificamos que não é assim”.

Montenegro fez depois a viagem de Manteigas até Folgosinho, em Gouveia, através de uma estrada que estava coberta de neve e disse que “só mesmo por muita sorte e alguma habilidade do ponto de vista da condução automobilista” conseguiu fazer o percurso.

No concelho de Gouveia, o líder do PSD visitou Casais de Folgosinho, uma zona afetada pelos incêndios na serra da Estrela, na freguesia de Folgosinho, concelho de Gouveia, distrito da Guarda, no âmbito da iniciativa “Sentir Portugal” e conversou com os pastores Pedro e Hermínio.

O jovem pastor Pedro disse ao líder social-democrata que após os incêndios teve poucas ajudas para alimentar as 172 ovelhas e que tem-se “desenrascado” com aquilo que tem.

“Pouco ou nada [de ajudas] para aquilo que precisamos. [Os fenos atribuídos após o incêndio do verão] é uma gota no oceano. Nós temos que as aguentar [alimentar] todo o ano, não é só um mês ou dois”, explicou.

Na manhã de hoje, o presidente do PSD e a comitiva estiveram na Unidade Local de Saúde na Guarda, onde Montenegro verificou “as deficiências que o Serviço Nacional de Saúde enfrenta”.

Referiu que por falta de profissionais de saúde, 15 mil pessoas da Guarda estão sem médico de família, “que são uma parte dos mais de um milhão e quinhentos mil portugueses que não têm médico de família hoje, fruto das políticas erradas que o PS vem a desenvolver nesta área nos últimos anos”.

Luís Montenegro está esta semana na Guarda, o sexto distrito escolhido no âmbito da iniciativa “Sentir Portugal”, realizada na sequência do compromisso que assumiu no 40.º Congresso, de passar uma semana por mês, nos diferentes distritos do país.

A iniciativa “Sentir Portugal” do presidente do PSD arrancou na segunda-feira na cidade da Guarda, seguindo pelos vários concelhos do distrito até sexta-feira, com o objetivo contactar com a realidade local e dialogar com os cidadãos, famílias, municípios e instituições.