“Estamos hoje, aqui e agora, para dar esperança e confiança a Portugal. Este projeto político é de esperança num país mais próspero e confiança numa sociedade mais justa. Não se alimenta nem pela ameaça, nem pela hostilidade. Não se move pela instigação infantil do meio ou do terror. Ao contrário do PS, não somos um movimento político ressabiado. É feito a favor das pessoas, não contra ninguém”, assim começa o discurso de Montenegro.

Na assinatura da coligação Aliança Democrática, que reúne PSD, CDS-PP, PPM e independentes em listas conjuntas para as legislativas e europeias, Luís Montenegro defendeu que este é “um projeto político de esperança e confiança”.

Os jovens e as suas preocupações foram uma das principais preocupações de Montenegro ao longo do discurso.

“Neste congresso, o novo líder e o antigo líder – os dois com responsabilidade, porque os dois se sentavam no Conselho de Ministros - tudo fizeram para desviar a atenção, para ignorar e desprezar o que é hoje para muitos portugueses a primeira preocupação que têm: a saúde”, criticou.

O líder do PSD elegeu esta área como “a grande prioridade social do Governo da AD” e apelou a uma reflexão sobre o estado do SNS nas legislativas antecipadas de 10 de março.

“Há muitas razões para mudar de Governo, mas a degradação do SNS por si já era suficiente para pôr o Governo socialista na rua e para pôr um novo governo a cuidar da saúde dos portugueses”, considerou.

Na sua intervenção, o líder do PSD fez mesmo um apelo ao voto dos que, nas últimas eleições, deram maioria absoluta ao PS.

“Àqueles que acreditaram no PS há dois anos, quero dizer que este projeto da AD é também para vós, para os que se desiludiram. Que bela oportunidade deram ao PS e que o PS desperdiçou completamente”, considerou.

Tal como tinha feito antes o líder do CDS-PP, Nuno Melo, o presidente do PSD defendeu que o Governo liderado por António Costa “não acabou por causa do Presidente da República ou qualquer outra instituição”.

“Faltou competência ao Governo, a todos os membros que por lá passaram, faltou capacidade de transformação e vontade política, porque instrumentos para mudar ninguém teve como agora”, considerou.

Num discurso de meia hora em que apontou também falhas ao Governo nas áreas da educação, habitação ou na redução da pobreza, Montenegro acabou a parafrasear o histórico dirigente e antigo primeiro-ministro Carlos Mota Pinto.

“Nós hoje somos muitos nesta sala - esta sala que está a ferver e fervilhar de entusiasmo - amanhã seremos mais, vamos ser milhões, vamos ganhar as eleições e transformar Portugal”, apelou.

*Com Lusa