Questionado pelos jornalistas à entrada para uma mesa-redonda alusiva ao Dia na Europa, na sua sede de campanha em Oeiras, se concordava com a proposta do seu adversário interno, Luís Montenegro, de que deveria haver uma comissão de inquérito parlamentar sobre o caso de Setúbal, o antigo vice-presidente do PSD reconheceu mérito na ideia, mas não adequada à urgência do caso.

“Aqui chegados, a resposta tem de ser dada já, não quer dizer que uma comissão de inquérito não seja meritória, acho é que não podemos esperar meses e anos. Nós sabemos que as comissões de inquérito se arrastam por meses e anos e precisamos de uma resposta hoje”, defendeu.

Para o candidato à liderança ao PSD, o primeiro-ministro, António Costa, “vai ter de dizer preto no branco aos portugueses, sem qualquer subterfúgio, se com as informações de que dispunha fez aquilo que devia ou não”.

“Hoje sabe-se que os serviços de informações foram capazes de carrear e recolher para o Governo as informações necessárias, o que falta saber é o que é que o Governo fez com essas informações, se tomou as diligências necessárias para informar os municípios, para proteger os cidadãos e para assegurar que esse tipo de risco se não verificava”, precisou.

“Espero que o primeiro-ministro não fuja a esta matéria, é demasiado grave para que possa ser tratada com expedientes dilatórios”, apelou.