Luc Montagnier morreu no Hospital Americano de Paris, em Neuilly-sur-Seine, um dos subúrbios a oeste da capital francesa, segundo o jornal Libération.

Pai de três filhos, o virologista nasceu em Chabris, no centro de França, em 18 de agosto de 1932.

Em 1967 foi nomeado chefe de investigação do Centro Nacional de Investigações Científicas (CNRS) e cinco anos depois da Unidade Oncológica do Instituto Pasteur de Paris.

Entre 1980 e 1984, Montagnier e a equipa do Instituto Pasteur isolaram vários retrovírus humanos de pacientes com infeções sexuais, hemofílicos, mães que o transmitiram aos filhos e pessoas infetadas em transfusões.

Em 1983 conseguiram isolar um vírus que inicialmente chamaram de VAL (vírus associado à linfadenopatia), e que mais tarde foi identificado como o vírus causador da Sida e foi chamado de HIV (vírus da imunodeficiência humana).

Montagnier também apresentou um exame de sangue capaz de detetar os anticorpos do vírus e, em colaboração com os médicos Jean-Claude Chermann e Françoise Barré-Sinoussi, publicou um trabalho descrevendo o HIV.

Em 1984, porém, o norte-americano Robert Gallo reivindicou a responsabilidade pela descoberta do HIV, o que deu origem a uma polémica que durou vários anos e foi resolvida com o reconhecimento de ambos como pais da descoberta.