António Manuel Arnaut, que estava doente há já algum tempo, morreu menos de um ano após o desaparecimento do pai.
O advogado, militante do PS e membro da comissão nacional dos socialistas, esteve na origem do Observatório de Saúde António Arnaut, criado em janeiro e que visa defender e apoiar a modernização e a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Carlos Cidade, presidente da concelhia do PS em Coimbra, recorda Arnaut como “um cidadão apaixonado pela liberdade e pela democracia, o que lhe permitiu sempre dizer o que lhe ia na alma”.
“Nos últimos tempos, fica a imagem do defensor incansável do seu SNS que tanto o ajudava a lutar contra a doença prolongada e que quis preservar com a criação do Observatório da Saúde e com os repetidos apelos ao investimento no SNS e nos seus profissionais, bem como numa revisão da Lei de Bases da Saúde que respeitasse o legado que seu pai nos deixou”, recorda Carlos Cidade, lamentando o desaparecimento de um homem com um “humor fugaz” e um “filho, marido e pai dedicado”.
O Observatório de Saúde, coordenado pelo clínico Américo Figueiredo, foi criado por “um grupo de cidadãos interessados na área da saúde”, incluindo de outros setores profissionais, como o advogado António Manuel Arnaut, filho do patrono.
Os fundadores partilham “os ideais humanistas e republicanos de acesso à prestação dos cuidados de saúde sem qualquer discriminação de raça, de credo ou de nível socioeconómico”.
“O objetivo central deste observatório é contribuir para a defesa, modernização e sustentabilidade do SNS, entendido este como o pilar essencial da garantia constitucional do direito à saúde e do Estado Social”, referem.
Os médicos de Coimbra João Paulo Almeida e Sousa e Fernando Almeida, presidentes do Instituto Português do Sangue e Transplantação e do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge, respetivamente, integram o grupo de promotores, que “seguiram de perto a vida e a obra de António Arnaut e com ele comungaram de muitas ideias e valores”.
Comentários