O empresário Manuel Fino morreu esta manhã, com 98 anos. A informação foi avançada pelo Jornal Económico e pelo Eco, que cita fontes da família.

Pelas 18:30 de hoje será realizada uma missa/velório na Igreja Paroquial de Cascais, estando o funeral previsto para sexta-feira, em Portalegre.

Empresário discreto, Manuel Fino é natural da Covilhã, onde nasceu em 1925, e fez fortuna com investimentos em bolsa e deixa uma das maiores dívidas à Caixa Geral de Depósitos (CGD).

Oriundo de uma família ligada aos lanifícios em Portalegre, surgiu na lista dos portugueses mais ricos da revista Exame em 2008 na 19.ª posição e no ano seguinte constava no 22.º lugar com uma fortuna de 361,12 milhões de euros, com participações financeiras na Soares da Costa, no BCP e na Cimpor.

Conhecido pela sua ligação à Cimpor, também foi acionista da construtora Soares da Costa. Mas foi o investimento em ações do BCP, em 2007, que levou o grupo do empresário à falência. Na guerra de poderes no BCP em 2007, que opôs Jorge Jardim Gonçalves a Paulo Teixeira Pinto, tomou partido deste último.

Recorreu, em 2007, à Caixa Geral de Depósitos para obter financiamento, dando como garantia capital da Cimpor. Com a queda das bolsas, a garantia que tinha dado revelou-se insuficiente para cobrir o empréstimo bancário. A Investifino ficou a dever à Caixa 259 milhões de euros e o empresário teve de entregar as ações da Cimpor à Caixa.

*Com Lusa

(Artigo atualizado às 12h13 com informações da Lusa)