“É com tristeza (…) que o sultanato de Omã chora (…) o nosso sultão Qabus bin Said (…) chamado por Deus na sexta-feira à noite”, indicou a agência, ao anunciar a morte do chefe de Estado.
Sem pormenores sobre a causa de morte, a agência indicou que foram decretados três dias de luto, com paragem do setor público e privado, e um período de 40 dias durante o qual as bandeiras vão permanecer a meia haste.
O sultão de Omã, que não deixou descendência, nem anunciou um sucessor, sofria há vários anos de uma doença que nunca foi tornada pública. O estado de saúde do monarca era uma questão muito sensível e mantida em segredo, à exceção de algumas viagens ao estrangeiro para exames ou tratamentos médicos.
Qabus chegou ao poder em 1970, depois de afastar o pai Said bin Taimur num golpe palaciano, e a ele é atribuída a modernização e desenvolvimento do país árabe, que conta com grandes reservas de petróleo tal como os vizinhos do golfo Pérsico.
Ao longo do seu reinado, o sultanato manteve-se afastado dos conflitos no golfo e no Médio Oriente, mantendo uma posição neutral entre o eixo sunita, liderado pela Arábia Saudita, e o xiita, encabeçado pelo Irão.
Embora de baixa intensidade, foi o primeiro Governo do golfo Pérsico a estabelecer laços com Israel.
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