"Mas ainda não podemos dizer se isso levará à extensão [do tratado START3, que expira em 2021]", disse Vladimir Putin, à margem da cimeira de dois dias do G20, que terminou hoje em Osaka, no Japão.
O chefe de Estado russo reuniu-se na sexta-feira com o homólogo norte-americano, Donald Trump.
"Foi uma boa reunião, muito pragmática", disse Putin, aos jornalistas.
O Presidente russo admitiu, no início deste mês, que a Rússia estava prestes a decidir não prolongar o tratado de não proliferação de armas nucleares, depois de Donald Trump ter ameaçado acabar com o entendimento.
“A Rússia está prestes a não prolongar o tratado nuclear START com os Estados Unidos”, afirmou Vladimir Putin, ameaçando deixar expirar o acordo, cuja data de aplicação termina em 2021.
“Se ninguém quiser prolongar o tratado START, então não o faremos (...) Nós dissemos 100 vezes que estávamos prontos", sublinhou Putin, em declarações em 06 de junho último.
Em outubro do ano passado, o Presidente dos Estados Unidos acusou os russos de violarem há muitos anos o acordo de não proliferação nuclear, justificando a sua intenção de sair do tratado.
De acordo com Donald Trump, a Rússia está a desenvolver um novo míssil de cruzeiro, o que constitui uma violação do tratado.
Na altura, a embaixadora norte-americana na Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) avisou a Rússia que se não suspendesse o desenvolvimento do míssil, os Estados Unidos iriam tomar medidas de retaliação, nomeadamente "a eliminação" desse armamento.
O acordo de não proliferação nuclear entre os Estados Unidos e a Rússia é um dos mais importantes símbolos do fim da Guerra Fria.
O primeiro acordo sobre armas nucleares de alcance intermédio foi assinado em 1987 entre os então presidentes dos Estados Unidos e União Soviética, Ronald Reagan e Mikhail Gorbatchov, respetivamente.
Em 2010 foi assinado o acordo New Start, cujo prazo termina em 2021.
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