O porta-voz do movimento "Estudantes por Évora", Afonso Melara, afirmou hoje à agência Lusa que a garraiada vai manter-se, seja qual for o resultado do referendo, para respeitar a primeira decisão dos alunos.
"Foi registada, numa primeira instância, uma decisão dos alunos que foi a favor da garraiada e contra a realização do referendo", realçou, assinalando que o processo "foi legal, conferido e justificado pela associação académica".
Afonso Melara considerou que a realização, esta semana, de uma "segunda assembleia magna" para discutir e votar, novamente, o referendo sobre a garraiada foi "um atentado contra a liberdade dos outros alunos e contra a liberdade de escolha".
"Não podemos estar a fazer assembleias atrás de assembleias e a votar temas que já foram votados até que a opinião se altere", vincou, adiantando que o movimento está "conferir a legalidade de todo o processo".
Organizada pelo movimento em parceria com Núcleo de Estudantes de Agronomia de Évora, a garraiada está marcada para o dia 26 deste mês, às 16:30, no Parque do Centro de Desenvolvimento Agropecuário de Évora (antigo IROMA).
O referendo sobre a continuidade da garraiada académica no programa da Queima das Fitas de Évora foi aprovado pelos estudantes da academia, na assembleia magna que decorreu na quarta-feira à noite.
Segundo o presidente da mesa da assembleia magna da Associação Académica da Universidade de Évora (AAUE), Bruno Tasanis, participaram na votação 537 alunos, tendo sido registados "308 a favor do referendo e 222 contra", além de "sete votos nulos".
"Os órgãos eleitos da AAUE vão agora preparar a organização do referendo" sobre a garraiada académica, que "terá de se realizar até ao dia 25 deste mês", referiu o responsável, indicando que o evento tauromáquico está previsto para o dia 26.
Esta assembleia magna tinha sido pedida por um grupo de alunos da academia para que os estudantes da UÉ votassem, novamente, a realização de um referendo sobre a continuidade da garraiada na Queima das Fitas.
Numa assembleia magna realizada no início de abril, segundo a presidente da AAUE, Ana Rita Silva, foram registados "124 votos contra o referendo e 117 a favor do mesmo".
Os elementos deste grupo estavam descontentes com as circunstâncias em que decorreu a anterior votação, nomeadamente por discordarem dos métodos utilizados nas duas votações feitas na última assembleia magna, por considerarem que são falíveis.
Desta vez, indicou o presidente da mesa da assembleia magna da AAUE, o método de votação escolhido foi o voto secreto em urna.
A Queima das Fitas em Évora vai ter lugar entre 25 de maio e 02 de junho.
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