“Vamos para a rua, no dia 21 de outubro, para que percebam uma coisa: somos a maioria. E é tempo dos muitos fazerem ouvir a sua voz. A injustiça persiste também por causa do nosso silêncio. Vamos tomar a palavra e exigir que se façam políticas justas que promovam a igualdade: todos e todas temos direito a ter uma vida justa, merecemo-la todos os dias em que trabalhamos, e os jovens merecem ter um futuro melhor”, lê-se na convocatória da manifestação.

Reclamando “casa para viver, transportes para todos, aumento dos salários”, a manifestação pretende também ser um alerta “contra a repressão policial nos bairros” e pelo fim do “aumento de preços”.

“Os nossos problemas parecem invisíveis. Apesar de criarmos riqueza e trabalharmos todos os dias, haja pandemia ou não, a verdade é que aquilo que se vê nas televisões, aquilo que se preocupam os governos é com os banqueiros e ‘contas certas’. São sempre contas para quem é rico nunca pensam em quem trabalha”, criticam os organizadores da manifestação do movimento que nasceu nos subúrbios e bairros mais pobres.

Segundo o movimento, várias organizações solidarizaram-se com o protesto que tem concentração marcada para as 15:00, no Rossio. A partir dessa hora estará também presente uma delegação da intersindical CGTP e, ao longo do protesto, vão marcar presença a coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, e o secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo.

A manifestação vai passar pela Rua do Ouro, Rua do Arsenal, Corpo Santo, Rua de São Paulo, Rua da Boavista, Dom Carlos I, até São Bento.

“No final, cerca das 18h00, serão feitas cinco intervenções de pessoas dos territórios populares e um apelo à paz”, ainda de acordo com a organização.

Em 11 de outubro, à margem de uma visita do Movimento Vida Justa à Quinta do Lavrado, em Lisboa, um dos porta-vozes, Flávio Almada, disse que o movimento está otimista com a adesão ao protesto, porque tem sido feito um trabalho com os bairros, no sentido de os chamar à participação na vida política.