A informação consta de um alerta do comité provincial do MPLA, acusando “militantes da UNITA e da CASA-CE” de “propagarem boatos que insinuam uma situação de insegurança na província”, decorrente da realização das eleições gerais, “incitando os seus habitantes a refugiarem-se em Luanda”.
O partido, no poder em Angola desde 1975, classifica a situação como uma forma de “desviar a atenção dos eleitores, na vã tentativa de semear o pânico entre a população, para provocar a sua ausência nas assembleias de voto, pela antevisão da vitória expressiva do MPLA”.
“O MPLA assegura que nesta província, como nas outras do País, estão garantidas todas as condições de segurança, num momento em que se comprova a prontidão da Polícia Nacional, no asseguramento da tranquilidade pública e o amadurecimento da consciência pacífica dos angolanos, que sabem muito bem sobre o valor da paz, que muito custou a alcançar em Angola”, lê-se na mesma informação.
Angola vai realizar eleições gerais a 23 de agosto deste ano, às quais concorrem o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE), Partido de Renovação Social (PRS), Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) e Aliança Patriótica Nacional (APN).
A Comissão Nacional Eleitoral de Angola constituiu 12.512 assembleias de voto, que incluem 25.873 mesas de voto, algumas a serem instaladas em escolas e em tendas por todo o país, com o escrutínio centralizado nas capitais de província e em Luanda, estando 9.317.294 eleitores em condições de votar.
A Constituição angolana aprovada em 2010 prevê a realização de eleições gerais a cada cinco anos, elegendo 130 deputados pelo círculo nacional e mais cinco deputados pelos círculos eleitorais de cada uma das 18 províncias do país (total de 90).
O cabeça-de-lista pelo círculo nacional do partido ou coligação de partidos mais votado é automaticamente eleito Presidente da República e chefe do executivo, conforme define a Constituição, moldes em que já decorreram as eleições gerais de 2012.
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