
Ao longo do dia, era já notória a vontade dos portistas em prestarem tributo ao mais titulado líder da história do clube e do futebol mundial, que morreu no sábado, com quase mil cachecóis estendidos, além de camisolas, velas e flores, entre as portas 23 e 24 do estádio, numa iniciativa que havia começado na noite anterior e atingiu hoje maiores proporções.
Porém, a manifestação de pesar com maior expressão começou a desenhar-se à porta da Igreja das Antas e imediações, tendo-se rapidamente alastrado e entupido a Avenida dos Combatentes da Grande Guerra, ainda antes da vinda do corpo de Pinto da Costa, por volta das 16h30.
A chegada da urna, carregada por Sandra Madureira, sinalizou uma mudança do silêncio sepulcral que até então se fazia sentir para uma enorme apoteose, com cânticos como “Pinto da Costa, allez” a serem entoados energicamente, sem parar, durante aproximadamente 10 minutos.
Foram também lançados fumos azuis e brancos, alguns petardos e eram bem visíveis as tarjas alusivas à claque Super Dragões, nas grades da igreja, onde alguns adeptos se penduravam, no que se revelava um autêntico ambiente de estádio.
O presidente da SAD do Famalicão, Miguel Ribeiro, o treinador de futebol Luís Castro e Valentim Loureiro, antigo presidente do Boavista, da Câmara Municipal de Gondomar e da Liga de clubes, foram algumas das presenças notadas entre a multidão.
O ex-presidente do FC Porto, clube no qual se estabeleceu como dirigente mais titulado e antigo do futebol mundial, entre 1982 e 2024, morreu no sábado, aos 87 anos, vítima de cancro.
Pinto da Costa tinha sido diagnosticado com um cancro na próstata em setembro de 2021 e agravou o seu estado de saúde nas últimas semanas, menos de um ano depois da derrota para a presidência do clube, frente a André Villas-Boas.
Empossado pela primeira vez em 23 de abril de 1982, seis dias depois de ter sido eleito, sem oposição, como sucessor de Américo de Sá, o ex-dirigente exerceu funções durante 42 anos e 15 mandatos consecutivos, levando o FC Porto à conquista de 2.591 títulos em 21 modalidades – 69 dos quais no futebol sénior masculino, incluindo sete internacionais.
O funeral do antigo dirigente ‘azul e branco’ vai realizar-se na segunda-feira, pelas 11h00, e as cerimónias funebres iniciaram-se, às 18h00 de hoje, com o velório na Igreja das Antas. A Câmara Municipal do Porto decretou luto municipal para segunda-feira.
Fonte próxima da família disse hoje à agência Lusa que, depois do final da missa, que tem início agendado para as 11:00, o cortejo fúnebre vai descer a Alameda das Antas em direção ao estádio dos 'azuis e brancos', antes de rumar ao cemitério situado na freguesia portuense, do Bonfim onde o corpo de Pinto da Costa será cremado.
O velório do ex-presidente do FC Porto arrancou pelas 18:00 de hoje, na Igreja das Antas, um dia antes do funeral, que será realizado no mesmo dia em que a Câmara Municipal do Porto decretou luto municipal.
Questionada pela Lusa sobre os planos das autoridades para uma afluência acima do expectável no funeral, fonte do Comando Metropolitano do Porto da Polícia de Segurança Pública (PSP) afirmou que o condicionamento da circulação rodoviária nos arruamentos próximos da Igreja das Antas "será o mesmo que está a ser implementado de momento".
"Vai continuar a haver cortes na Rua Bartolomeu Dias com a Rua de Naulila e a Praça do Doutor Francisco Sá Carneiro, na Avenida dos Combatentes da Grande Guerra com a Rua Bartolomeu Dias e na Avenida de Fernão Magalhães com a Rua de Santo António das Antas. Só mesmo em último recurso é que vamos optar por cortar a Avenida de Fernão Magalhães [na íntegra]", pormenorizou.
Jorge Nuno Pinto da Costa, ex-presidente do FC Porto, clube no qual se estabeleceu como dirigente mais titulado e antigo do futebol mundial entre 1982 e 2024, morreu no sábado aos 87 anos, vítima de cancro.
Pinto da Costa tinha sido diagnosticado com um cancro na próstata em setembro de 2021 e agravou o seu estado de saúde nas últimas semanas, menos de um ano depois da derrota para a presidência do clube frente a André Villas-Boas.
Empossado pela primeira vez em 23 de abril de 1982, seis dias depois de ter sido eleito sem oposição como sucessor de Américo de Sá, o ex-dirigente exerceu funções durante 42 anos e 15 mandatos consecutivos, levando o FC Porto à conquista de 2.591 títulos em 21 modalidades - 69 dos quais no futebol sénior masculino, incluindo sete internacionais.
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