"Esta Rede Europeia irá coordenar os trabalhos para garantir uma pressão política construtiva, estruturada e contínua que defenda os interesses em toda a cadeia de valor no setor da resina europeu, a começar pela produção florestal no espaço Sudoeste Europeu e Mediterrâneo", afirma em comunicado enviado hoje à agência Lusa, o presidente da Câmara de Proença-a-Nova, João Lobo.

O autarca sublinha que a Rede vai envolver os proprietários, a indústria, a investigação e as instituições públicas, adaptando as políticas em função das características de cada território.

"A exploração da resina promove uma gestão da floresta ao nível da limpeza e da gestão de combustível, leva pessoas para a floresta, fazendo com que assumam também um papel de vigilantes na defesa contra incêndios, nomeadamente nos meses críticos que coincidem com a campanha da resina, contribui para a conservação da paisagem e para a criação de emprego em zonas rurais como a nossa", afirma.

A Rede Europeia de Territórios Resineiros é uma iniciativa comunitária relativa à cooperação transnacional sobre o ordenamento do território e desenvolvimento regional e que envolve Portugal, Espanha e França.

O objetivo é manter a extração da resina como aproveitamento florestal rentável que contribua para o emprego rural, a conservação do território e dos pinhais do espaço Sudoeste Europeu e Mediterrâneo.

João Lobo realça que um dos maiores entraves à recuperação da resinagem passa pela baixa rentabilidade.

"Os serviços que presta à sociedade não se pagam, ou seja, a viabilidade efetiva para o produtor é muito inferior à vantagem económica real para a sociedade. Além disso, a resina nunca foi valorizada nas políticas públicas europeias, nomeadamente na Política Agrícola Comum", sustenta.

No âmbito desta colaboração europeia, em junho de 2019, Proença-a-Nova irá receber o Congresso Internacional da Rede Europeia de Territórios Resineiros.

Portugal foi um dos três maiores produtores mundiais de resina na década de 1980, entrando em declínio devido à concorrência brasileira e chinesa, mas que atualmente apresenta alguns sinais de recuperação.

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