“Temos um orçamento de 133 ME. Do Município são 109 ME e do SMAS [Serviços Municipalizados de Água e Saneamento] são 24 ME. O que me parece importante é que as receitas correntes que temos cobrem as despesas correntes”, destacou Fernando Ruas.
No final da reunião pública do executivo, em que foi aprovado, com os votos contra da oposição, o orçamento e as grandes opções do plano para 2025, o presidente disse aos jornalistas que esse saldo positivo é para investimentos.
“Temos receitas correntes de 80,420 ME e, de despesas correntes, temos 69,5 ME. Ou seja, temos um saldo de praticamente 10 ME”, justificou.
O Município prevê 46,9 milhões de euros para as funções sociais, incluindo educação, e 17,9 para as funções económicas, como mobilidade, desenvolvimento económico e energia.
“No ordenamento do território gastamos 9,4 ME; com o Viseu Social, a estratégia local de habitação e desenvolvimento social, gastamos 9,1 ME; na cultura, desporto e juventude são 7,2 ME”, descreveu o autarca.
No que diz respeito à Saúde, “a nova área, que tem a ver com a descentralização de competências, é 1,8 ME, nomeadamente com os edifícios que estão contabilizados para albergar as unidades de saúde familiar, centros de saúde e extensões”.
Sobre obras a realizar, Fernando Ruas apontou “todas as obras que estão nos ITI [investimentos territoriais integrados], programa operacional do Centro e cujo financiamento está aprovado”, como, por exemplo, a Estrada Nacional 16 e a requalificação do antigo quartel da GNR.
“Entre as prioridades, ou os grandes gastos em 2025, são as obras que estão nos ITI, a recuperação de três, mas queremos que sejam quatro, escolas, cada uma delas em 4 ME; além de se iniciar as cinco unidades de saúde familiar”, enumerou.
Também pretende “iniciar a obra do centro de artes” e, nessa entrada norte da cidade, “fazer o troço central e concluir, adaptando a avenida Capitão Homem Ribeiro” para a construção dessa nova infraestrutura cultural.
A oposição, do Partido Socialista (PS), votou contra, com o vereador Miguel Pipa a ler uma declaração de voto a justificar a decisão e que, no final do encontro resumiu aos jornalistas, afirmando que o GOP 2025 se “traduz numa espécie de folha de cálculo que se atualiza de ano para ano”.
“Quando deveria retratar um futuro sustentável para o nosso concelho, a nível social, ambiental, económico. Viseu devia ser um motor de desenvolvimento para esta região, mas o documento apenas demonstra um processo administrativo, uma gestão corrente com falta de um rasgo de visão, sem compromisso e sem visão que todos os viseenses e a região assim exigem”, defendeu Miguel Pipa.
Em 2023, o executivo municipal aprovou, também com o chumbo da oposição, um orçamento de 131,71 ME, sendo 111,114 do orçamento da Câmara Municipal e 20,594 ME do SMAS.
Comentários